quarta-feira, maio 17, 2006

Código Da Vinci:
O desabar de um castelo de cartas

Quem engana quem?
O Código Da Vinci é sem dúvida um romance empolgante. Códigos inesperados e uma história cheia de acção cativam os leitores. É verdade que a civilização ocidental durante os últimos 2000 anos foi enganada por uma gigantesca fraude da Igreja?

O Código Da Vinci levanta questões importantes acerca da religião e do poder, do feminismo, da história e da verdade. É positivo que este tipo de temas sejam explorados. Mas este romance de suspense, cheio de afirmações sem fundamento e com fontes literárias inventadas, naturalmente dá uma ajuda pobre para os que querem adquirir conhecimento novo e válido acerca da história.

No Código Da Vinci afirma-se repetidamente que as teorias do livro se baseiam em estudos de historiadores famosos e reconhecidos. Isso não é verdade. O facto é que será difícil encontrar um único historiador sério que aceite as afirmações e teorias do Código Da Vinci – independentemente das suas convicções religiosas, sejam ateus, agnósticos, cristãos ou outros.

Dan Brown tem uma imaginação fértil e escreve livros cheios de suspense. No entanto, como guia de história do Ocidente e da Igreja cristã não merece confiança. Este texto explica porquê.


O ”Às” = O Priorado de Sião?

(...)

O “Rei” = Jesus?

(...)

A “Rainha” = Maria Madalena?

(...)

O “Valete” = Leonardo da Vinci?

(...)

O “dez” = Algo mais?
O Código Da Vinci é um romance muito criativo e empolgante. Mas não é mais do que um romance. As teorias e as especulações do livro não se tornam verdadeiras por causa das personagens visitarem lugares geográficos e edifícios que existem. Alguns interpretam as descriçöes no livro como realidades históricas. Nesse caso, irão fundar o seu entendimento acerca da história do Ocidente e do Cristianismo sobre lendas, falsificações e fontes fictícias.

O historiador e professor catedrático norueguês Oskar Skarsaune tem estudado em profundidade o fenómeno do Código Da Vinci. Tem participado em vários debates na televisão e na rádio e é autor dum livro sobre as teorias do romance. (Também tem um livro em português: À sombra do templo.) Um jornalista o perguntou: “É verdade que uma boa parte das afirmações históricas do Código Da Vinci são incorrectas?” O historiador respondeu: “Quero pronunciar-me com ainda mais clareza: Nada daquilo que Dan Brown afirma sobre acontecimentos históricos da Antiguidade e da Idade Média está correcto. Nada.”


Lê este artigo na íntegra em www.gbu.pt

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