terça-feira, janeiro 06, 2009

psionline 3

Aparências - Robson Carmo.

Minha esposa sempre me conta que cresceu ouvindo de sua mãe que a sala de estar é o lugar que deve permanecer em ordem, pois se porventura chegar alguma visita inesperada ela encontre a sala em ordem e pense que todo o resto também está em ordem.
Imagine a situação...
Uma mãe que quer manter a aparência de sua casa como se fosse muito bem cuidada, mas o máximo que ela consegue é deixar a sala um pouco organizada. De repente... seu filho de 17 anos, começa a namorar uma menina até então desconhecida. Bem, este filho então diz: “Mãe, quero trazer minha namorada para jantar conosco, posso?” E a mãe então diz: “Tudo bem meu filho, mas deixe-me dar um trato na casa antes para não causar má impressão.” E a mãe então deixa a casa um brinco! Tudo no lugar..., lustra-móveis..., saches de cheirinho agradável..., etc. Bem, a moça chega... Elas se abraçam e beijam e aquela formalidade toda. Jantam, comem sobremesa e assim vai. Então, a mãe resolve mostrar toda casa para ela, com muito orgulho é claro, pois a final de contas a mãe conseguiu ter o controle de tudo e todas as coisas estão em seu devido lugar, porém a mãe ainda diz: “Olha minha filha, não repare a bagunça não, está bem? Desculpe-me porque não consegui deixar a casa como gostaria”. Então dá aquela risadinha esperando um: “Nossa, sua casa é maravilhosa. Que casa mais cheirosa... que organizada etc”.
Os dias passam e a namorada começa a ficar mais íntima da família, e quando a mãe menos espera, ela mesma já não se incomoda mais com a presença da namorada e começa a deixar a casa como estava antes, voltando então a deixar somente a sala mais ou menos arrumada.
A namorada do filho por sua vez, é uma pessoa extremamente prestativa, bondosa, generosa e gosta de ajudar e está sempre disposta para o que for preciso.
Num certo dia a namorada chega de manhã e encontra a mãe do seu namorado dormindo. Ela então percebe que a casa está uma bagunça e resolve por tudo em ordem. Quando a mãe acorda e percebe que a namorada de seu filho esta mexendo em coisas que ninguém tocava, apenas ela, a mãe começa a ficar irada e logo tira o pano de limpeza das mãos da namorada e indignada começa a limpar como se fizesse melhor do que todo mundo. Bem, a namorada fica na dela e depois disso nunca mais tentou ajudar, mas se fosse solicitada estaria de prontidão. A casa? A casa continuou a ficar bagunçada.
Sabe...
Convidamos Jesus para entrar em nossa casa. Damos a Ele as boas vindas, ficamos felizes com sua presença. No começo tudo é novo, mas à medida que o tempo vai se passando, começamos a nos acostumar com sua presença. Damos a Ele certa liberdade, porém quando Ele começa a trabalhar em nossa vida e começa a fazer a limpeza necessária, notamos que Ele está entrando em quartos extremamente fechados, que só nós podíamos entrar e mais ninguém estava autorizado. Com isso, ficamos envergonhados e logo queremos tirar o pano de limpeza de suas mãos e falamos para Jesus: “Olha Jesus... aqui pode deixar comigo que eu mesmo limpo, neste quarto o senhor não entra, não é assim que se limpa aqui, deixe comigo que eu sei como fazê-lo.” Tomamos o controle de novo e o que nos resta? É só esperar mais uma frustração, até que depois de tanta frustração paramos de lutar com nossas próprias forças e decidimos reconhecer que precisamos de ajuda para manter a casa em ordem. Paramos de viver de aparências para uma vida de dependência e entrega diária.

Que eu e você experimentemos uma vida de entrega diária, pois não é pelo meu esforço, mas pelo poder do Espírito Santo de Deus que vamos ser mudados.

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